Alta na movimentação de cargas reflete modernização e fortalecimento da cabotagem
O Porto do Rio de Janeiro iniciou 2025 em ritmo de expansão. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o terminal alcançou a marca de 5,4 milhões de toneladas movimentadas, consolidando-se como uma das estruturas portuárias com maior dinamismo no país no período.
Esse desempenho, segundo dados da Portos Rio, representa uma evolução de 27,48% em relação ao mesmo quadrimestre do ano anterior — um salto sustentado por melhorias operacionais e aumento da circulação de navios de grande porte.
Infraestrutura ajustada para mais escala
A evolução dos números está diretamente relacionada aos investimentos recentes em infraestrutura. Entre eles, destaca-se a dragagem do canal de acesso ao porto, finalizada em abril, que ampliou a profundidade operacional para 15,3 metros.
Esse novo patamar permite receber embarcações de maior calado, aumentando a capacidade média por escala e trazendo ganhos logísticos imediatos — tanto na cabotagem quanto no longo curso. A estimativa é de um acréscimo de até 700 TEUs por navio atracado, ampliando a competitividade do terminal frente a outras opções do Sudeste.
Granel líquido e cabotagem puxam o crescimento
Entre os diferentes perfis de carga, os maiores avanços vieram do granel líquido, com taxa de crescimento superior a 70% no período. Também houve elevação significativa nos volumes de carga geral, granel sólido e conteinerizada, o que evidencia uma diversificação crescente do porto em sua atuação logística.
Outro indicador relevante foi a movimentação na cabotagem, que superou 1 milhão de toneladas no quadrimestre — alta superior a 35%. Esse dado reforça a tendência de fortalecimento do transporte entre portos brasileiros, favorecido pela posição estratégica do Rio na malha costeira e pela modernização recente da estrutura portuária.
Mais demanda, mais responsabilidade técnica
A entrada de navios maiores, o crescimento da carga líquida e a ampliação do fluxo nacional por cabotagem elevam o nível de exigência sobre toda a cadeia logística. Operadores, terminais, agentes e armadores precisam lidar com mais escala e menos margem para falhas.
Nesse cenário, o papel do agenciamento marítimo torna-se ainda mais crítico: coordenar com precisão a chegada e a operação de navios, garantir o cumprimento de janelas operacionais e integrar armador, terminal e órgãos reguladores com fluidez e segurança.
Conclusão
O Porto do Rio de Janeiro vive um momento de inflexão. A infraestrutura responde melhor, a demanda cresce em volume e diversidade, e o nível técnico da operação passa a ser um diferencial competitivo.
Na Lachmann, operamos com atenção a cada variável desse novo cenário — oferecendo agenciamento alinhado à escala, à urgência e à complexidade que o mercado atual exige.
📊 Fonte: Portos Rio