Como a logística e a cadeia fria ampliam o acesso a alimentos.

A logística conecta produção, processamento, armazenagem e distribuição, garantindo que os alimentos cheguem no tempo certo e na condição adequada.

Estudos apontam que uma parcela relevante dos alimentos se perde antes de chegar ao varejo, nas etapas de pós-colheita até o pré-varejo. No consumo e no varejo, o desperdício também permanece elevado. A distinção é simples: perda ocorre ao longo da cadeia até o pré-varejo; desperdício acontece no varejo e no consumo.

A cadeia fria, que envolve armazenagem e transporte sob temperatura controlada, reduz deterioração, prolonga a vida útil e mantém qualidade e segurança dos alimentos. Boas práticas de refrigeração ajudam a evitar perdas de perecíveis e podem gerar impacto social e ambiental positivo quando combinadas com eficiência energética e operação qualificada.

Desafios comuns no armazenamento de alimentos

  • Faixas de temperatura e umidade: cumprir setpoints e monitorar desvios reduz risco de perda de qualidade e de inocuidade.
  • Pontos críticos de perda: identificar gargalos no recebimento, na estocagem e na expedição orienta investimentos e rotinas.
  • Registro e rastreabilidade: documentação e alarmes automáticos permitem resposta rápida e auditável a qualquer evento térmico.

Nos terminais alfandegados da Lachmann, a operação com perecíveis conta com recursos dedicados de armazenagem e monitoramento:

  • Câmara fria em São Bernardo do Campo com áreas de resfriados e climatizados e volumes dimensionados para diferentes perfis de carga.
  • Tomadas de 440 V para contêineres e carretas refrigeradas, o que viabiliza o plug-in e a manutenção dos setpoints térmicos em pátio.
  • Monitoramento de temperatura com Sitrad PRO e sistema de alarme com vigilância vinte e quatro horas.
  • Armazenamento refrigerado integrado às rotinas de recebimento, estocagem e expedição.

Boas práticas para embarcadores e donos de carga

  1. Planejar janelas e rotas considerando as necessidades de temperatura para reduzir tempos de espera e manuseios.
  2. Definir e comunicar setpoints por SKU e monitorar continuamente com alarmes e registros.
  3. Auditar pontos críticos do fluxo e registrar evidências em cada etapa.
  4. Considerar alternativas de modais e margens de segurança para períodos sensíveis.

Garantir acesso a alimentos depende de logística previsível, cadeia fria confiável e cooperação entre todos os elos. Com infraestrutura dedicada, monitoramento contínuo e disciplina operacional, é possível reduzir perdas, manter qualidade e ampliar a disponibilidade.

Fontes: FAO, UNEP e IIR

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